sexta-feira, 24 de julho de 2015

TESTE: CHEVROLET S10 2.5 FREERIDE

Nova série especial da picape ganha itens de série pontuais, mas tem pouca diferença de preço em comparação a versões mais equipadas.

Chevrolet S10 Freeride (Foto: Rafael Munhoz / Autoesporte)

Junto com o lançamento da linha 2016, a Chevrolet lançou uma série especial da S10 para quem quer um pouco mais de itens de série em comparação à versão LT. Fabricada sempre com motor 2.5 flex, com tração 4x2 e cabine dupla, a Freeride é tabelada em R$ 95.340 e ganha diferenciais pontuais. O ponto negativo é que a diferença de preço dela para picapes mais completas é pequena. Entenda.

Impressões ao volante
Por dentro, a picape tem visual bastante simples. Baseada na atual versão 2.5 4x2 LT (R$ 90.890), ela conta com bancos de tecido e acabamento quase todo em plástico, com alguns espaços grandes entre peças. Mas, o conforto para dirigir é garantido. Como já é tradicional na linha das picapes norte-americanas, as suspensões são macias a ponto de garantirem conforto aos passageiros, mesmo em terrenos mais acidentados.
Chevrolet S10 Freeride (Foto: Rafael Munhoz / Autoesporte)
Sempre equipada com motor 2.5 flex com injeção direta de combustível, a picape produz 206 cv e 27,3 kgfm de torque. Nessa série, o câmbio é sempre manual de seis velocidades. Os engates são longos, mas precisos, deixando a condução confortável. O isolamento acústico é outro ponto que contribui com o conforto interno, já que é melhor até do que o de alguns rivais. O volante é direto e transmite segurança ao motorista mesmo em velocidades mais altas.
Na pista, a S10 Freeride precisou de 10 segundos para chegar a 100 km/h, número melhor do que sua rival direta, a Ford Ranger (12,8 segundos na mesma prova). Nas retomadas, o desempenho comparado com o da picape rival é inferior: 7,3 segundos de 40 a 80 km/h e 11,5 de 60 a 100 km/h. Nos mesmos testes, a Ranger registrou 7,4 s e 10,5 s, respectivamente.
A frenagem da picape da Chevrolet é pior. A 80 km/h, percorreu 30,3 metros até parar, ante 26,6 metros da Ranger. Ainda não tivemos a oportunidade de testar o consumo do modelo, mas em avaliações anteriores a S10 2.5 com tração integral marcou 4,6 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada, sempre com etanol. Uma picape beberrona.
Custo-benefício
Em comparaçao à oferta de equipamentos da principal rival (Ranger cabine dupla 2.5 XLS, de R$ 90.700), a Freeride sai na frente em custo-benefício. Entre os itens de série desta S10 estão ar-condicionado manual, direção hidráulica com ajuste de altura, vidros e travas elétricos, banco do motorista com ajuste de altura, farol de neblina dianteiro, gancho de reboque dianteiro e para amarração de carga na caçamba, computador de bordo e controle de velocidade de cruzeiro. Há, ainda, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, rádio e bluetooth.
O pacote de segurança conta com freios a disco nas rodas dianteiras, travas elétricas, alarme e os obrigatórios freios ABS e airbag duplo. Ficam de fora nas duas os importantes controles de tração e estabilidade. Os diferenciais da versão Freeride para a LT em que se baseia são câmera de ré, Santo Antônio e capota marítima.
Chevrolet S10 Freeride (Foto: Rafael Munhoz / Autoesporte)Vale a compra?
Sim, especialmente para quem tem exatamente os R$ 95 mil cobrados pela Chevrolet para gastar. Isso porque a versão tem diferenciais importantes em relação à versão mais básica, como a câmera de ré, mas não oferece controle de tração e estabilidade, por exemplo. Os itens já são de série na versão imediatamente superior (LTZ de R$ 103.550), que também conta com ar-condicionado digital e rodas de 17 polegadas. Por R$ 100.500 a rival Ranger oferece na versão XLS os mesmos itens, além de bancos de couro e sai na frente em custo-benefício.
Chevrolet S10 Freeride (Foto: Rafael Munhoz / Autoesporte)

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