quarta-feira, 29 de julho de 2015

Teste: Volvo S60

Modelo ganha novas versões Kinetic e Momentum e quer brigar pela tradicional clientela de Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C


Que tal entrar para o mundo dos sedãs alemães comprando um carro sueco? É mais ou menos isso que a Volvo quer propor ao mercado com o S60, sedã que briga no território dominado pelos alemães BMW Série 3 e Mercedes Classe C, seguidos de perto pelo Audi A4. Já faz um tempo que a marca escandinava - atualmente controlada pelo grupo chinês Geely - trabalha para se consolidar como um competidor de peso do mercado de luxo. 

Na linha 2014, o sedã era vendido aqui no Brasil apenas na versão R-Design, com opção de motor T6 de 306 cv ou T5 de 240 cv. Agora, com o início das vendas dos modelos 2015, chegam duas novas versões: Kinetic, de entrada, custando R$ 136 950, e a intermediária Momentum, de R$ 146 950 - modelo que usamos no nosso teste. A versão topo de linha ainda é a R-Design, mas agora ela é vendida apenas na opção de 306 cv. 

As duas versões estreiam um novo conjunto mecânico, formado pelo motor T5 Drive-e turbo, que ganhou 5 cv em relação ao antecessor (agora com 245 cv e, segundo a Volvo, mais econômico e menos poluente), e pela transmissão automática de oito velocidades. A dupla funciona de forma suave, com aceleração progressiva e trocas quase imperceptíveis, mas, quando convocados pelo motorista, comparecem prontamente.

Comparando com os três rivais alemães, ele é o mais potente e mais rápido - 6,6 segundos na prova de 0 a 100 km/h, contra os 7,1 segundos do BMW 320i ActiveFlex (184 cv), o mais rápido do trio germânico. Quando o assunto é consumo, é verdade que o Volvo ficou para trás, mas foi por uma pequena margem: 9,6 km/l na cidade, contra 10,5 do Série 3. 


Com um acerto diferente da R-Design, a suspensão é voltada para o conforto. Eu gosto de ajustes firmes, mas não tive do que reclamar: nada de rolagem da carroceria nas curvas ou mergulho da frente em frenagens. Além disso, o conjunto filtra bem as irregularidades do asfalto e, como a altura em relação ao solo é um pouco mais elevada, o carro passa com mais tranquilidade por rampas nas calçadas e lombadas, ao contrário da sua versão mais esportiva.

Pelos R$ 10 000 a mais em relação à versão de entrada, a Momentum acrescenta rodas de 18 polegadas, sensor de chuva, teto solar elétrico, assentos dianteiros com regulagem lombar, ajustes elétricos para o passageiro dianteiro e o painel configurável, além do sistema Sensus Connect, que oferece navegação GPS com mapas 3D, acesso à internet e aplicativos embarcados de streaming (Rdio) e rádios online (TuneIn). E quem curte o visual da R-Design tem a opção de adquirir a maior parte dos itens visuais separadamente, como acessórios.

VEREDICTO

Bonito, equipado e mais potente que as versões equivalentes dos alemães, ele virou uma compra mais atraente.

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