De suspensão elevada, a aventureira Space Cross recebe, enfim, a atualização visual da linha Fox, além do novo motor 1.6 16V MSI com câmbio de seis marchas

Para conhecer as novidades da renovada perua - que a VW prefere classificar como "sportvan", alegando que ela também possui características de minivan -, nós convocamos a Space Cross, a versão aventureira, e também mais cara, vendida a partir de R$ 69 990.
Seu diferencial está no visual mais chamativo, lançando mão dos recursos básicos usados pelas fábricas nesse tipo de versão. As rodas de aro 15 têm design exclusivo, assim como a grade frontal, que incorpora friso cromado e o nome da versão, e os para-choques, que ganharam apliques de plástico com o que a VW chama de "chrome effect" na parte inferior. É uma pintura especial que simula uma peça cromada, também presente na parte inferior das laterais e na barra longitudinal de teto. O visual externo é completado pelas molduras pretas nas caixas de roda, enquanto no interior o diferencial fica por conta dos bancos revestidos de tecido cinza, com costura vermelha e detalhes exclusivos. Fora isso, o painel é idêntico ao da versão Highline.
Assim como o CrossFox, a Space Cross incorpora o novo motor 1.6 16V MSI da família EA211 e o câmbio manual de seis marchas. Essa dupla é a mesma que equipa a versão Highline (R$ 64 490), enquanto a Comfortline (R$ 58 590) usa o antigo 1.6 de 101/104 cv e a caixa de cinco velocidades. Todas as versões podem ser equipadas com a caixa automatizada I-Motion, por R$ 3 500 adicionais. O conjunto mecânico agrada bastante, principalmente pelo bom torque em baixas rotações (85% estão disponíveis a partir das 2 000 rpm), que garante boa desenvoltura no trânsito, e também pelos engates suaves do câmbio. Na pista de testes, ela acelerou de 0 a 100 km/h em 12,3 segundos, enquanto a retomada de 40 a 80 km/h, em terceira, foi feita em razoáveis 8,4 segundos.
A Space Cross é mais alta em relação à SpaceFox, na ordem de 31 mm na dianteira e 33 mm na traseira. Os pneus de perfil mais alto (205/55 R15) contribuem com 8 mm, enquanto o restante vem da elevação da suspensão em si. O maior vão livre facilita a vida do motorista na hora de superar lombadas e valetas, mas isso demandou um novo acerto na geometria e na calibragem de molas e amortecedores, para minimizar o efeito do centro de gravidade mais alto. O resultado foi satisfatório, com as irregularidades do piso sendo absorvidas com eficiência e sem decepcionar na dirigibilidade, apesar de a carroceria apresentar um pouco de rolagem nas curvas. Vale ressaltar que, devido ao peso e às dimensões maiores, não seria possível esperar um comportamento igual ao do Fox.
O pacote de equipamentos é o mesmo da Highline acrescido de piloto automático, retrovisor eletrocrômico e sensores de chuva e crespuscular. Por R$ 1 209, o comprador leva um pacote com assistente de partida em aclives, controle de estabilidade e a função off-road, que em pisos com areia ou cascalho permite que a roda trave por um pequeno instante, formando um pequeno montinho à frente do pneu e otimizando a frenagem nessas condições.
VEREDICTO
Melhorou em todos os aspectos, mas o preço é salgado se comparado ao da rival Palio Adventure, que custa R$ 9 000 a menos.




Nenhum comentário:
Postar um comentário