Irmãos de plataforma da Ford, os sedãs têm o mesmo nível de equipamentos, mas são separados por mais de R$ 10 mil. Será que vale a pena pagar o preço da etiqueta premium?

Diferenças no posicionamento de mercado: enquanto o mexicano atua no segmento premium, que preza por design e refinamento, o brasileiro chegou para atender o consumidor que busca maior espaço interno e praticidade. O discurso da identidade para justificar o preço mais alto do New Fiesta pode funcionar no ambiente familiar para evitar ciumeira do filho mais velho, mas a verdade é que o caçula chegou ao mercado tão bem equipado, que em conteúdo não deixa nada a desejar às versões mais básicas do New Fiesta, apesar da diferença de até R$ 10 mil. Assim, confrontamos a dupla em um embate doméstico para responder à pergunta: vale a pena pagar mais pela etiqueta premium do New Fiesta ou economizar e ir de Ka+ mais completão?
O Ka+ SEL 1.5 (a partir de R$ 47.490), oferece o mesmo nível de equipamentos do New Fiesta SE 1.6, que custa R$ 53.190 com câmbio manual de cinco marchas, ou R$ 57.570 com Powershift. Como a primeira versão praticamente não é ofertada por aqui e a Ford não a disponibilizou para nossos testes de pista, avaliamos a versão equipada com o câmbio de dupla embreagem, que, no fim das contas, acaba por ser o melhor representante do status premium no país.
Vida a bordo
Por R$ 10.080 a menos, o Ka+ traz de série direção elétrica, ar-condicionado, controle eletrônico de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, rodas de liga de 15 polegadas, faróis de neblina, computador de bordo, sistema de som Sync, travas e vidros elétricos nas quatro portas. A versão 1.6 SE Powershift do New Fiesta só acrescenta ar digital e retrovisores elétricos. A despeito dos equipamentos, a cabine do New Fiesta tem tratamento mais cuidadoso. Apesar do layout semelhante, sua aparência, sensação ao toque dos materiais e montagem das peças denotam qualidade superior. No Ka+, a textura no console e nas portas é superior ao dos rivais, mas fica atrás do irmão.
Por R$ 10.080 a menos, o Ka+ traz de série direção elétrica, ar-condicionado, controle eletrônico de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, rodas de liga de 15 polegadas, faróis de neblina, computador de bordo, sistema de som Sync, travas e vidros elétricos nas quatro portas. A versão 1.6 SE Powershift do New Fiesta só acrescenta ar digital e retrovisores elétricos. A despeito dos equipamentos, a cabine do New Fiesta tem tratamento mais cuidadoso. Apesar do layout semelhante, sua aparência, sensação ao toque dos materiais e montagem das peças denotam qualidade superior. No Ka+, a textura no console e nas portas é superior ao dos rivais, mas fica atrás do irmão.
Diferente também é o painel de instrumentos do New Fiesta, mais sofisticado e dividido em três seções; o conta-giros e velocímetro iluminados em azul, ficam em evidência, assim como o computador de bordo entre eles. No Ka+, a peça é mais discreta e um tanto sem graça, mas cumpre bem o papel de informar. Mas se por um lado faltou imaginação na ambientação da cabine do novato, por outro, sobrou espaço interno.
Apesar de usar a mesma plataforma, e ter entre-eixos próximo, os dois modelos apresentam aproveitamento bem distinto do espaço. Com 2,49 m, o Ka+ surpreende pelo generoso vão livre atrás, capaz de levar três ocupantes sem aperto. Já o New Fiesta Sedan, com 2,48 m, frustra quem buscava mais liberdade no banco traseiro. Pessoas com mais de 1,80 m de altura poderão se sentir incomodadas com o teto tão próximo à cabeça, efeito do caimento da carroceria que dá elegância à silhueta do sedã. O que não ocorre no Ka+, que é 5 cm mais alto. Nos porta-malas, o novo Ford também leva a melhor: segundo nossa medição, o sedã de Camaçari acomoda 491 litros, ante 471 l do mexicano.
A ergonomia da dupla é por igual digna de elogios. Os dois acolhem muito bem o motorista, com a ajuda dos ajustes de altura de profundidade de bancos e volante. A posição de dirigir mais baixa do New Fiesta confere a ele uma condução mais esportiva. A direção de ambos é leve: com assistência elétrica, é mais afiada no mexicano. A do Ka+ tem bom acerto, mas é menos ágil nas respostas. A suspensão, nos dois casos, é bem ajustada, apta a enfrentar a buraqueira cotidiana sem transmitir soluços a bordo.
Desempenho
Em performance, a disputa volta a pender para o New Fiesta Sedan, que conta com 130 cv e 16 kgfm do motor Sigma 1.6 (a 5.000 rpm), com ajuda do câmbio de dupla embreagem e seis marchas. São 20 cv a mais que os 110 cv do 1.5, uma versão miniatura do Sigma. O conjunto afinado do New Fiesta dá mais ânimo para rodar com o carro pesado e vantagem nas retomadas. Sua tocada também é mais empolgante. Mas o 1.5, com o câmbio manual de cinco marchas preciso, tem folêgo em baixas rotações. Graças à caixa manual, o Ka+ não ficou tão atrás do New Fiesta nos testes de aceleração. Levou 10,5 segundos para atingir os 100 km/h, enquanto o New Fiesta fez o mesmo em 10,6 s. Aí, quem deu uma forcinha foi a caixa manual. Em consumo, houve empate técnico: o Ka+ alcançou médias de 7,8 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada, o New Fiesta fez 7,9 km/l e 12,5 km/l.
Em performance, a disputa volta a pender para o New Fiesta Sedan, que conta com 130 cv e 16 kgfm do motor Sigma 1.6 (a 5.000 rpm), com ajuda do câmbio de dupla embreagem e seis marchas. São 20 cv a mais que os 110 cv do 1.5, uma versão miniatura do Sigma. O conjunto afinado do New Fiesta dá mais ânimo para rodar com o carro pesado e vantagem nas retomadas. Sua tocada também é mais empolgante. Mas o 1.5, com o câmbio manual de cinco marchas preciso, tem folêgo em baixas rotações. Graças à caixa manual, o Ka+ não ficou tão atrás do New Fiesta nos testes de aceleração. Levou 10,5 segundos para atingir os 100 km/h, enquanto o New Fiesta fez o mesmo em 10,6 s. Aí, quem deu uma forcinha foi a caixa manual. Em consumo, houve empate técnico: o Ka+ alcançou médias de 7,8 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada, o New Fiesta fez 7,9 km/l e 12,5 km/l.
Fazendo as contas
O Ka+ só fica atrás no custo de manutenção. As quatro idas à concessionária até os 30 mil km custam R$ 1.664. Para o New Fiesta, R$ 980. Dito isso, vamos à pergunta do milhão, ou melhor, dos R$ 10 mil: diante dos atributos do novato, vale a pena desembolsar mais para levar um Fiesta? Vale. Se você fizer questão de aposentar o câmbio manual, não há muito o que pensar, pois o Powershift não está disponível para o Ka+. Se sua prioridade for o espaço interno e porta-malas, pode investir no novato, que é um ótimo negócio.
O Ka+ só fica atrás no custo de manutenção. As quatro idas à concessionária até os 30 mil km custam R$ 1.664. Para o New Fiesta, R$ 980. Dito isso, vamos à pergunta do milhão, ou melhor, dos R$ 10 mil: diante dos atributos do novato, vale a pena desembolsar mais para levar um Fiesta? Vale. Se você fizer questão de aposentar o câmbio manual, não há muito o que pensar, pois o Powershift não está disponível para o Ka+. Se sua prioridade for o espaço interno e porta-malas, pode investir no novato, que é um ótimo negócio.
Vencedor: Ford KA+
O Ford New Fiesta Sedan ainda é uma boa pedida para quem faz questão do câmbio automático e de um interior mais refinado. Do contrário, por R$ 10 mil a menos, a versão topo de linha do Ka+ atende em questão de desempenho, espaço interno, porta-malas e equipamentos, tanto de entretenimento quanto de segurança. A única dúvida é em relação às condições de loja, pois ele ainda não chegou às autorizadas.
Ford KA+
PONTOS FORTES
- Custo benefício: sai de fábrica equipado com ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, rádio, além dos obrigatórios freios ABS e airbag duplo frontal.
- Para oferecer mais economia, conta com pneus de baixa resistência ao rolamento, direção elétrica, ventilador do motor com baixas perdas, ar-condicionado e alternador de alto rendimento.
PONTOS FRACOS
- A transmissão automatizada Powershift, que equipa os demais modelos da Ford, não é opção por enquanto.
- Somente a versão topo de linha ganha controle de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa.
New Fiesta Sedan
PONTOS FORTES
- Motor 1.6, de alumínio, gera 130 cv de potência com etanol
- Câmbio automatizado oferece seis marchas
- Oferece muitos itens de série, como sete airbags e controle de estabilidade e tração
PONTOS FRACOS
- Com cinco ocupantes a bordo, a sensação de aperto é inevitável
- Porta-malas, de 465 l, é menor que o de concorrentes de segmentos inferiores
- Não é tão confortável quanto rivais como o Honda City
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